Fui assistir a “Simplesmente Complicado” em uma tarde de domingo chuvosa, num shopping bem familiar (!), na companhia de uma amiga trintona e solteira. Para que essa introdução tão meticulosa? Pois foi o ambiente perfeito para assistir a esse novo filme da diretora Nancy Meyers.
Jane (meryl Streep) é uma mãe de três filhos que tem uma relação amigável com o seu ex-marido, Jake (Alec Baldwin), após dez anos da separação. A convivência entre eles acaba se tornando um romance, sendo que Jake, no momento, está comprometido com outra mulher. Agora, Jane vive um dilema, já que se tornou a amante de seu antigo marido e ainda inicia um flerte com o arquiteto da reforma de sua casa, vivido por Steve Martin.
Meyers, que dirigiu os sucessos “Do que as mulheres gostam” e “Alguém tem que ceder”, é conhecida por seus trabalhos focados nas relações de mulheres maduras e suas idiossincrasias. É bacana para mim, ainda na frenética casa dos 20 aninhos, observar de camarote o universo das relações maduras, ou seja, dos relacionamentos que se emanam depois dos 40, 50 anos... O filme tem lá seus defeitos (até primários às vezes, como o excesso de caricatura em algumas situações) e a diretora continua com a mesma falta de concisão em seus filmes (seu último “O amor pode dar certo”, com Kate Winsley, Cameron Diaz, Jude Law e Jack Black, sofria do mesmo mal, gritantemente); mas é inegável que a diretora vem conseguindo manter a sua marca a cada lançamento: filmes de elites e que buscam retratar o ridículo da maturidade individual e/ou conjugal, uma coisa meio Manuel Carlos de ser.
Meryl Streep dispensa comentários e é divertido vê-la naquelas situações, por vezes tão constrangedoras. Até acho que, pela forma tão cândida como imprime cada sentimento no filme (seja pelo humor, ou pelo drama) sua indicação ao Oscar seria mais válido por esse filme, e não por “Julie&Julia”, onde até faz um bom trabalho, mas é mais tábua de salvação de um filme fraco. Alec Baldwin, que vem sendo redescoberto por Hollywood é a própria personificação de seu personagem, mostrando que o “estágio” duradouro em “30Rock” foi muito proveitoso, e Steve Martin convence como o tímido contraponto amoroso da trama.
Não é lá um filme para se levar a sério. Dispenso aqui, considerações filosóficas do roteiro. Nancy Meyers tem lá suas limitações, mas também não chega a incomodar. Após o filme, continuei meu programinha “low profile” almoçando numa praça de alimentação lotada. Na primeira garfada, nem me lembrava mais do filme. Apenas do dia delicioso que estava passando.
Dica de Música: “Com você meu mundo ficaria completo” (Cássia Eller)
Jane (meryl Streep) é uma mãe de três filhos que tem uma relação amigável com o seu ex-marido, Jake (Alec Baldwin), após dez anos da separação. A convivência entre eles acaba se tornando um romance, sendo que Jake, no momento, está comprometido com outra mulher. Agora, Jane vive um dilema, já que se tornou a amante de seu antigo marido e ainda inicia um flerte com o arquiteto da reforma de sua casa, vivido por Steve Martin.
Meyers, que dirigiu os sucessos “Do que as mulheres gostam” e “Alguém tem que ceder”, é conhecida por seus trabalhos focados nas relações de mulheres maduras e suas idiossincrasias. É bacana para mim, ainda na frenética casa dos 20 aninhos, observar de camarote o universo das relações maduras, ou seja, dos relacionamentos que se emanam depois dos 40, 50 anos... O filme tem lá seus defeitos (até primários às vezes, como o excesso de caricatura em algumas situações) e a diretora continua com a mesma falta de concisão em seus filmes (seu último “O amor pode dar certo”, com Kate Winsley, Cameron Diaz, Jude Law e Jack Black, sofria do mesmo mal, gritantemente); mas é inegável que a diretora vem conseguindo manter a sua marca a cada lançamento: filmes de elites e que buscam retratar o ridículo da maturidade individual e/ou conjugal, uma coisa meio Manuel Carlos de ser.
Meryl Streep dispensa comentários e é divertido vê-la naquelas situações, por vezes tão constrangedoras. Até acho que, pela forma tão cândida como imprime cada sentimento no filme (seja pelo humor, ou pelo drama) sua indicação ao Oscar seria mais válido por esse filme, e não por “Julie&Julia”, onde até faz um bom trabalho, mas é mais tábua de salvação de um filme fraco. Alec Baldwin, que vem sendo redescoberto por Hollywood é a própria personificação de seu personagem, mostrando que o “estágio” duradouro em “30Rock” foi muito proveitoso, e Steve Martin convence como o tímido contraponto amoroso da trama.
Não é lá um filme para se levar a sério. Dispenso aqui, considerações filosóficas do roteiro. Nancy Meyers tem lá suas limitações, mas também não chega a incomodar. Após o filme, continuei meu programinha “low profile” almoçando numa praça de alimentação lotada. Na primeira garfada, nem me lembrava mais do filme. Apenas do dia delicioso que estava passando.
Dica de Música: “Com você meu mundo ficaria completo” (Cássia Eller)
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