“A caixa” é um filme de premissa curiosa, de realização oscilante e de conclusão satisfatória. A trama lança uma pergunta um tanto perturbadora: o que você faria se lhe entregassem uma caixa com apenas um botão e, se você o apertasse lhe deixaria milionário, mas, ao mesmo tempo, tirasse a vida de alguém que você não conhece? Norma Lewis (Cameron Diaz) é uma professora e seu marido, Arthur (James Marsden,em interpretação notável), é um engenheiro da NASA. Eles e o filho formam uma família que leva uma vida normal morando no subúrbio. O filme começa em 1976, Virginia. As coisas ganham novos rumos quando um misterioso homem aparece com a proposta tentadora. Norma e Arthur têm apenas 24 horas para fazer a escolha. O filme mantém um ar de suspense setentista (contemporâneo à sua história) e a esperta direção de Richard Kelly manipula bem os códigos do gênero para instaurar um clima de paranóia, condizente com o andamento dos acontecimentos. O roteiro vacila na confluência de suas pretensões filosóficas com a narrativa clássica de sua natureza. Cameron Diaz, sempre muito subestimada, mostra-se cada vez mais versátil em sua interpretação (reparem em seu impressionante processo de mutação cênica em filmes como “Um domingo qualquer”, “O casamento de meu melhor amigo” e “Quero ser John Malcovich”), tornando-se um dos pontos altos da produção. Poderia dizer que o filme vale mais como peça de variedade discursiva hollywoodiana do que por usa relevância me si.
Dica de Música: “Cymbal rush” (Thom Yorke)
Dica de Música: “Cymbal rush” (Thom Yorke)
Nenhum comentário:
Postar um comentário