quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Joga pedra na Geni ???



Há alguns anos li numa matéria de jornal uma interessante definição de “Diva”: artista de talento e beleza que, invariavelmente, tinha vida marcada por eloqüentes dramas pessoais. Interessante, não? A frase foi completada com a afirmação de que hoje em dia não existiam mais exemplares desse título. Tudo certo que à época não existia uma tal de Amy Winehouse, mas se existe alguém que se encaixe perfeitamente nessa alcunha é a cantora Whitney Houston. Dotada de um talento vocal impressionante, sempre teve a vida marcada por dramas pesados, que rivalizavam com seu talento em exposição midiática. Após cerca de dez anos afundada com sérios problemas com drogas (os flagras em que a cantora estava visivelmente perturbada são clássicos da internet), ela retoma as paradas com o lançamento de seu mais novo cd “I look to you”. Todo o revés passado em sua vida trouxe conseqüências vocais bem nítidas. Para quem admirava a artista por suas histrionices vocais e agudos fortemente acentuados, pode se decepcionar. A Whitney atual entrega um desempenho vocal limitado (como percebemos no vídeo acima, de uma apresentação recente), acentuada pela impressionante presença que imprime nas canções. Como sempre gostei de sua voz independendo de agudos – acho sua leve rouquidão irresistível – o impacto para mim nem foi tão grande. Seu novo cd exprime nas letras a ânsia por renascimento e superação. Apesar de rezar a cartilha dominante do R&B, calcada na repetição rítmica, o cd também flerta com o soul setentista do Motown, em babas como “Millon Dollar Bill”, acertadamente escolhida para puxar o cd nas rádios americanas. As baladas “rasgadas” também marcam presença (a faixa título do cd é um exemplo máximo) embora de uma forma mais lúcida e no geral, o cd é correto e feito para agradar ao mercado atual americano (até porque, em tempos de crise não se pode arriscar). E pelo visto já agradou pois o cd está no topo da Billboard, com poucos dias de lançado por lá. Creio que um talento como Whitney precise agora é de auto-afirmação, principalmente por vir de problemas pessoais tão delicados (drogas, separação e afins). Se usasse isso mais em sua música como Amy Winehouse faz, o resultado sairia mais marcante, mas no momento, só o seu retorno já é um êxito a se considerar.
Pessoalmente, 2009 era um ano de expectativas por dois retornos anunciados: da própria Whitney (há mais de 7 anos sem gravar) e de Michael Jackson (que sempre fui fã). Infelizmente só ela voltou para continuar a firmar sua história... de diva (?!)

Dica de Música: a bela canção do vídeo acima!!!

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