terça-feira, 22 de setembro de 2009

Superpop


Sou um bom observador e admirador de mise-en-scenes. Pois é. Fico encantado com uma presença de cena. Marilyn Monroe nada mais era do que uma linda mulher, com uma presença impressionante. Fred Astaire sublinhava cada passo que dava com a força de sua... presença. Hoje esse conceito é mais necessário a muito artista por aí. Madonna não tem lá uma voz maravilhosa, mas incorpora a entidade da presença no palco. E de uma personalidade cênica (!) impressionante. Tem gente que nasce para o palco, talvez até mais do que para o microfone. Beyonce é uma boa cantora, com boas músicas; mas nada supera sua mese-em-scene num palco. Enquanto muitas personificam a sensualidade, ela é. Não sou lá muito fã de suas músicas. Um cd inteiro dela me irrita, mas ela tem seus coringas (não dá para ficar parado numa pista quando toca um "Crazy in love" ou "Deja vu" da vida) e tem direcionado a sua carreira - como a própria disse em recente entrevista - para ser um ícone. Uma pretensão e tanta, mas ela pode, pois domina como ninguem o showbizz. Todos os seus clipes viram referência (o de "Single ladies" virou um dos mais parodiados do Youtube) e seus shows são sempre muito aguardados (pipocam notícias de que ela virá ao Brasil em fevereiro). Esse vídeo, de sua apresentação no VMA da Mtv americana, há uma semana, dá uma medida de seu domínio. Enfim, ela está aqui neste meu espaço por uma razão: não consigo ficar indiferente a sua mise-en-scene. Perdoe-me Marilyn Monroe...

Dica de Música: "Love's Theme" (Love Unlimited Orchestra)

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