Já há algum tempo saiu o primeiro trailer da versão de Tim Burton para o clássico “Alice no país das maravilhas”. Para quem é fã da obra de Burton (no meu caso, uma paixão infantil com a obra-prima “Edward Mãos-de-tesoura”) já imagina a visão cruelmente lisérgica que o cineasta costuma extrair de seus filmes. Sua adaptação de “A fantástica fábrica de chocolate” se notabilizou por verter uma fábula infantil em alegoria (e põe alegoria nisso) da perversidade humana. A exceção de “Planeta dos macacos”. 2001, sua filmografia mostra-se eficiente em ilustrar com tintas fortes (e, por vezes, macabras) seus discursos travestidos de fantasias lúdicas. Em seu último filme, o elogiado “Sweeney Todd” isso foi muito levado a sério. Agora, com a conhecida história de “Alice”, que suscita discussões em todas as recentes gerações, espera-se que Burton comprove, mais uma vez, que sua noção de idílico é muito mais complexa do que pensamos. Jhonny Depp, que é seu ator-assinatura, marcará presença como o excêntrico Chapeleiro louco. Está montado o circo para mais um espetáculo (não só) visual, que nos ganha, pela suntuosidade e pela reflexão que provoca.
Dica de Música: "A Man and A Woman" (U2)
"Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte." Goethe não imortalizou essa máxima à toa. Sua teoria fundamenta a minha prática nesse blog que se propõe a discutir a arte em todas as suas vertentes: pois seja na cultura de massa, seja na linha da erudição, toda a forma de expressão artística vale a pena. O cinema que o diga...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
No país de Burton...
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