terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

No azeite...

Em 2005, o filme “Penetras bons de bico”, com os atores Vince Vaughn e Owen Wilson, chegou aos cinemas brasileiros depois de uma impressionante bilheteria nos EUA e endossado por boa parte da crítica. Lembro de ter ficado super ansioso para assistir, afinal eram muitas as “credenciais”, apesar de suspeitar que o filme não fosse nada demais. Não deu outra: A comédia era uma bobagem e até hoje não compreendo a aceitação quase integral que teve pelo público e crítica. Tive essa mesmíssima sensação com a repercussão de “Se beber, não case”, quando lançado, ano passado. Uma bilheteria de mais de meio bilhão de dólares e super bem cotado... Desconfiei. Só que neste caso, ainda que continue achando o entusiasmo exagerado, a satisfação é bem mais garantida. Muito pelo engenhoso roteiro, realmente divertido, e pela atuação do ator Zach Galifianakis, impagável como o inusitado irmão da noiva que sofre de debilidades emocionais. Mas, sinceramente, não é nada mais que uma comédia bem feita. O que não o torna, digamos assim, merecedor do Globo de Ouro que ganhou (reafirmo a predileção pelo verdadeiramente instigante “500 dias com ela”, que concorria com a comédia). Claro que o filme ganhará continuação, em 2011 e sua premissa será espremida ao máximo.



Outro filme que também concorria com “Se beber, não case” ao Globo de Ouro de melhor filme de comédia ou musical foi “Julie & Julia” de Nora Ephron, estrelado pela mesma dupla de maravilhoso “Dúvida”, Meryl Streep e Amy Adams. A produção é baseada entre outros na autobiografia de My Life in France, que retrata a vida de Julia Child, autora de livros de culinária e apresentadora de televisão norte-americana, e a tentativa de Julie Powell (Amy Adams) de cozinhar todas as 524 receitas de Julia Child (Meryl Streep) do livro Mastering the Art of French Cooking. A trama é contada com as histórias paralelas, o que acaba por tornar cansativa sua narrativa (até pelo desnível das tramas, já que a luminosa participação de Meryl acende o marasmo da parte atual de Adams – que faz o que pode). Nora Ephron há muito deve-nos um filme decente (“Bilhete premiado” e “A feiticeira” não conseguiram) e, desta vez, até eu imaginava que era o momento. Ledo engano. Trata-se de mais um caso em que Meryl Streep precisa salvar o filme da mediocridade...





Dica de Música: "Bad Romance" (Lady Gaga)

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