Os grandes estúdios americanos, procurando diversificar suas margens de lucro, ressuscitam velhos ícones da literatura universal para impulsionar um retorno seguro de bilheteria. Não à toa temos visto alguns lançamentos recentes de produções como “Van Helsing”, “Minority Report”, e futuras estréias (com superproduções) como “Lobisomem” e “Alice no país das Maravilhas”. “Sherlock Holmes” não foge a regra, e já se coloca como franquia lucrativa, dado o seu enorme sucesso nas bilheterias mundiais. O que não quer dizer que seu êxito se reflita em sua qualidade. Apesar de dirigido pelo interessante Guy Pierce (que perdeu muito de sua identidade no período em que fora casado com Madonna), o filme se perde numa trama fraquíssima e de uma engenhosidade desnecessária, esvaziando assim as tradicionais resoluções finais de Holmes. Guy imprime seu virtuosismo estético (dos créditos iniciais aos finais), mas não salva o longa de certo cansaço em suas desperdiçadas duas horas de duração. Na verdade, não fosse o estilismo do diretor (que propõe uma espécie de esquizofrenia estética em cada take que apresenta), o filme não se notabilizaria tanto. Pena que o defeito esteja justamente no imprescindível: o roteiro. E com essa deficiência no diagnóstico, não tem status quo que possa resolver... Elementar meu caro Watson, que na “parte 2” as aventuras do detetive mais famoso do mundo, sejam mais bem contadas.
Dica de Música: "This love" (Maroon 5)
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