quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quem precisa de prêmios?


O resultado do “Globo de Ouro” 2009 foi bem surpreendente e, por isso, interessante, ainda que passível de discussões, como sempre. A “cerimônia” em si parece sempre mais interessante para os presentes, já que se trata de um grande jantar no pomposo The Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles, do que para nós, simples expectadores, uma vez que os prêmios são distribuídos de forma tão descontraída que quase não parece ser televisionado. E nem ser organizado para tal. Vamos a algumas observações dos vencedores...
FIL ME (Drama): “Avatar” de James Cameron
Surpresa total. Na verdade, nem achei que fosse indicado, afinal, é um épico fantasioso, que geralmente não tem a adesão de nenhuma Academia. Se bem que os jornalistas estrangeiros, que concedem esse prêmio, sempre são mais democráticos que os octogenários do Oscar... Gostei da coragem e o filme merece.
FILME (Comédia/Musical): “Se beber, não case” de Todd Phillips
Outra surpresa. Neste caso, não tão entusiasmada. Não achei o filme essa “Coca-cola” toda (breve postarei sobre ele) que ficam dizendo; e como ainda não vi nem “Nine”, nem “Simplesmente complicado”, ficaria com o delicioso “500 dias com ela”.
DIRETOR: James Cameron
Categoria bem disputada, mas muito bem premiada, principalmente pelo êxito da ousadia.
ATRIZ (Drama): Sandra Bullock (“Um sonho impossível”)
Esse filme ainda não foi lançado por aqui e a atriz anda em um bom momento, mas meu coração bate por Gabby Sidibe e sua Preciuos.
ATRIZ (Comédia/Musical): Meryl Streep (“Julie & Julia”)
Ela é a melhor coisa desse filme chatinho à beça, e merece o prêmio só por isso. Se bem que dizem que Marion Cotillard é a alma de “Nine”...
ATOR (Drama): Jeff Bridges (“Coração louco”)
Não sei por que, mas acho que vou gostar mais da performance de Colin Firth no filme de Tom Ford “A single man”, mas Bridges é um ator respeitável.
ATOR (Comédia/Musical): Robert Downey Jr. (“Sherlock Holmes”)
Hummm será? Por esse prisma, o trabalho de Joseph Gordon-Levitt em “500 dias com ela” é até mais interessante. Mas é a categoria que menos posso opinar, já que não vi a maioria dos indicados...
ATRIZ COADJUVANTE: Mo’Nique (“Preciosa”)
Gosto bastante de Penélope Cruz, mas Mo’Nique é arrepiante em seu trabalho como antagonista em “Preciosa”.
ATOR COADJUVANTE: Christopher Waltz (“Bastardos Inglórios”)
Esse é a barbada do ano. Não tem concorrentes.
ROTEIRO: “Amor sem escalas”
Pela abordagem curiosa, é merecedor assim. Mas tenho um carinho especial pelo discurso de “Distrito 9” e o inusitado de “Bastardos Inglórios”
TRILHA SONORA: “Up – Altas Aventuras”
CANÇÃO ORIGINAL: “The weary kind”, cantada por Ryan Bingham (“Coração louco)
Nas categorias musicais também não posso avaliar melhor por não ter visto todos os filmes, mas gostei da música do U2 para o filme “Entre irmãos”.
FILME ESTRANGEIRO: “A fita branca” de Michael Haneke
E o “Globo de Ouro” confirmando a láurea de Cannes...
FILME DE ANIMAÇÃO: “Up – Altas aventuras” de Peter Docter e Bob Peterson
Mais um bom filme da Pixar, ainda que “Coraline” e “O fantástico Sr. Raposo” sejam tão merecedores quanto ele.
Não posso deixar de citar “Glee” que, como todos já sabíamos, levou o seu globo por série de TV. Merece, vai...

E como prêmios vem para complicar, não para esclarecer (principalmente para quem tentar desvendar os escolhidos ao Oscar...) a 16ª edição dos prêmios Screen Actors Guild (SAG) escolheu o meu querido “Bastardos Inglórios” como grande vencedor de interpretação conjunta. E tem mais prêmios por aí...



Dica de Música: "Toda forma de amor" (Lulu Santos)

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