Apesar de ter sido produzido antes do primeiro “Tropa de Elite” (para você ver como é difícil fazer cinema nesse país!), o lançamento de “Federal” acabou por ficar à sombra da continuação arrasadora do mesmo. “Federal”, primeiro longa de ficção do documentarista Erik de Castro, assim como seu “primo rico” acompanha as atividades da Polícia Federal em Brasília. Tudo sob o julgo de intrigas e corrupção, tendo na figura do delegado Vital (Carlos Alberto Ricceli) seu ponto de conexão na história. Para desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas muito bem amparada no poder brasiliense, ele monta uma equipe de federais formados por Daniel (Selton Mello), Rocha (Cristovam Netto) e Lua (Cesário Augusto).
Explorando uma fotografia obscura e granulada de Brasília, Erik procura destrinchar a conexão entre o tráfico de drogas e as camadas sociais tidas como incorruptíveis como as ONGs, o Congresso Nacional e até as organizações religiosas, mas o roteiro fica indeciso entre a pretendida contundência dessa co-relação e o viés hollywoodiano que seu gênero suscita. O roteiro acaba ficando sem personalidade, não compactando seus personagens e deixando furos ao longo da projeção. Isso sem contar a caricatura inexplicável de seu vilão, vivido por Eduardo Dussek, o desempenho deslocado de Selton Mello e o desperdício de Michael Madsen, num personagem mal delineado.
Por mais que se tenha boa vontade com o filme, é gritante que, com o nível que o cinema brasileiro vem atingindo nos últimos anos, sua realização foi, desde a concepção, primária em aspectos vitais para compreensão de seu (até interessante) discurso. Em alguns (poucos) momentos Erik demonstra personalidade, mas no geral, ele nos dá a entender que seu manejo de documentarista ainda não compreendeu as complexidades de uma boa ficção.
Explorando uma fotografia obscura e granulada de Brasília, Erik procura destrinchar a conexão entre o tráfico de drogas e as camadas sociais tidas como incorruptíveis como as ONGs, o Congresso Nacional e até as organizações religiosas, mas o roteiro fica indeciso entre a pretendida contundência dessa co-relação e o viés hollywoodiano que seu gênero suscita. O roteiro acaba ficando sem personalidade, não compactando seus personagens e deixando furos ao longo da projeção. Isso sem contar a caricatura inexplicável de seu vilão, vivido por Eduardo Dussek, o desempenho deslocado de Selton Mello e o desperdício de Michael Madsen, num personagem mal delineado.
Por mais que se tenha boa vontade com o filme, é gritante que, com o nível que o cinema brasileiro vem atingindo nos últimos anos, sua realização foi, desde a concepção, primária em aspectos vitais para compreensão de seu (até interessante) discurso. Em alguns (poucos) momentos Erik demonstra personalidade, mas no geral, ele nos dá a entender que seu manejo de documentarista ainda não compreendeu as complexidades de uma boa ficção.
Dica de Música: "A queda" (Lobão)
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