Enfim falarei sobre o Oscar, já que, como dissera num post passado, muitos dos filmes indicados não haviam sido lançados no país à época e, automaticamente, me impossibilitaria de fazer uma análise mais pungente sobre os indicados. Dos quantro indicados, só não pude assistir "Frost/Nixon" de Ron Haword, mas breve postarei sua "crítica" já que é um filme (por mim) muito aguardado - apesar de detestar o diretor. Sempre considerei o Oscar como uma necessidade ao glamour que o cinema sempre exigiu. Que Godard e sua intelectualóide européia não me ouça, mas até no terreno deles isso se aplica, afinal o tradicional Festival de Cannes se valeu desse mesmo showbusiness para ter o respeito que tem. Dada as devidas proporções. Voltando ao Oscar, nesse ano a premiação buscou se reinventar devido ao fraco desempenho na tv americana em anos anteriores. Inclusive suprimiu até uma de suas marcas mais representativas, escalando para apresentar, não um comediante, mas um ator de musicais: o "Wolverine" Hugh Jackman. Jackman, que tem uma prolífera carreira no teatro australiano - onde nasceu - e faz sucesso também na Broadway, trouxe certa serenidade a apresentação. E ainda mostrou carisma nos musicais que permearam toda a noite. E, confirmando as expectativas, o Oscar foi para "Quem quer ser milionário?" de Danny Boyle (na foto abaixo, com o protagonista do filme, Dev Patel) . Já falei aqui que esse filme é muito intrigante para mim mas, diferente do Oscar 2006, onde o bom (mas irregular) "Crash" surpreendentemente venceu o até então (e merecidamente) favorito "Brokeback Mountain" de Ang Lee, não foi de todo injusta a premiação ao filme. Eu, sinceramente, acho "Milk" de Gus Van Sant, mais sincero em seu discurso e em seu retrato emotivo à sua história. Dos quatro que vi, era o meu favorito. "O curioso caso de Benjamim Button" é belíssimo mas - mesmo tratanto-se de um filme de David Fincher - é um cinema mais clássico em sua forma, o que tira muito de sua força frente aos filmes citados. E "O leitor" nem deveria estar entre os cinco. Também concordo com a torcida por "Batman - O cavaleiro das Trevas", que redefiniu seu gênero e impôs um novo padrão de qualidade aos filmes baseados em Hqs. Ou até "Ensaio sobre a cegueira", este incompreendido filme de Fernando Meirelles.
Gostei bastente da premiação aos melhores atores e atrizes. Sean Penn ter ganho por "Milk" foi uma vitória da preciosista construção de personagem do ator. Mickey Rourke, por "O lutador", que abocanhou o Globo de Ouro, era uma ameaça mas, cá entre nós, apesar de sua entrega total ele interpretou a si mesmo. Brad Pitt ("Benjamim Button"), Frank Langella ("Frost/Nixon") e Richard Jenkins ("O Visitante") foram bons concorrentes e as indicações honraram seus talentos. Entre as atrizes o Oscar resolveu fazer justiça e premiou Kate Wislet por seu difícil papel em "O leitor", aliás ela é a melhor coisa do filme. Como não vi ainda "Dúvida", não sei se Meryl Streep faria frente a Kate. Tenho que admitir que sou sensível a Meryl. É uma atriz que difícilmente erra. Anne Hathaway, pelo pouco que vi, se reinventa em "O casamento de Rachel" e também seria um bom páreo. Angelina Jolie (por "A troca") e Melissa Leo (ressurgindo em "Rio Congelado") comprovam que 2009 foi um ano difícil para os votantes.
E entre os coadjuvantes, uma dúvida e uma barbada. Para atriz, Penelope Cruz era uma possibilidade incerta. Ganhou. Seu trabalho no filmaço "Vick Cristina Barcelona" de Woody Allen é irreprensível, principalmente por trafegar em cima do clichê regional. Eu estava dividido já que todas as indicadas eram boas. Quanto aos atores, Heath Ledger e seu (já antológico) Coringa, não tinham concorrentes. Não pelos outros indicados, mas pela força sem igual da interpretação do falecido ator. Foi também um meio de premiar o filme enquanto a Academia de Artes Cinematográficas não revê seus conceitos arcaicos de avaliação.
Gostei bastente da premiação aos melhores atores e atrizes. Sean Penn ter ganho por "Milk" foi uma vitória da preciosista construção de personagem do ator. Mickey Rourke, por "O lutador", que abocanhou o Globo de Ouro, era uma ameaça mas, cá entre nós, apesar de sua entrega total ele interpretou a si mesmo. Brad Pitt ("Benjamim Button"), Frank Langella ("Frost/Nixon") e Richard Jenkins ("O Visitante") foram bons concorrentes e as indicações honraram seus talentos. Entre as atrizes o Oscar resolveu fazer justiça e premiou Kate Wislet por seu difícil papel em "O leitor", aliás ela é a melhor coisa do filme. Como não vi ainda "Dúvida", não sei se Meryl Streep faria frente a Kate. Tenho que admitir que sou sensível a Meryl. É uma atriz que difícilmente erra. Anne Hathaway, pelo pouco que vi, se reinventa em "O casamento de Rachel" e também seria um bom páreo. Angelina Jolie (por "A troca") e Melissa Leo (ressurgindo em "Rio Congelado") comprovam que 2009 foi um ano difícil para os votantes.
E entre os coadjuvantes, uma dúvida e uma barbada. Para atriz, Penelope Cruz era uma possibilidade incerta. Ganhou. Seu trabalho no filmaço "Vick Cristina Barcelona" de Woody Allen é irreprensível, principalmente por trafegar em cima do clichê regional. Eu estava dividido já que todas as indicadas eram boas. Quanto aos atores, Heath Ledger e seu (já antológico) Coringa, não tinham concorrentes. Não pelos outros indicados, mas pela força sem igual da interpretação do falecido ator. Foi também um meio de premiar o filme enquanto a Academia de Artes Cinematográficas não revê seus conceitos arcaicos de avaliação.
No mais, as premiações seguiram o curso previsto com algumas poucas surpresas ("Departures", filme japonês destronando o favoritismo do israelense "Valsa para Bashir"), confirmando a consagração de "Wall.E" da Disney e mostrando que a tal reestruturação do evento em sim era bem vinda, já que sua audiência mundial aumentou e agradou público e crítica. Que venha 2010.
Dica de Música: "Take me out" (Franz Ferdinand)
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