E foi já no finzinho de 2009 que me deparei com um dos melhores cds do ano: “Colour Me Free” novo trabalho da inglesinha Joss Stone. Inglesinha é um termo bem pejorativo para essa cantora loirinha de corpo mignon, mas de voz estrondosamente negra. Há muito que venho acompanhado o seu trabalho, que se destaca pelas fortes influências da música negra, o que, aliás, é uma interessante ironia sendo ela uma cantora inglesa, e não americana. Seu mais novo cd trafega por essas influencias de forma mais presente, diferente de seu cd anterior que se pretendia mais do que conseguiu ser. O casamento de R&B, Black Music e Soul conferem um misto de elegância e fervor às canções, como em “Free me”, “You got the love” e “Lady”. Mesmo quando cede ao apelo radiofônico (e isso sem culpa nenhuma) o faz com brilhantismo, ainda que acrescente pouco com a música “Stalemate”, em dueto com o cantor Jamie Hartman. E fecha muito bem com a belíssima “Girlfriend on demand”, provando e mostrando que sua capacidade artístico-vocal ainda tem muito a render.
Essa onda revisionista da nova geração, que explora suas influências musicais e as confronta com as vertentes sonoras atuais (vide a arrebatadora Amy Winehouse) comprova que os sons dos novos tempos se estabelecerão pelo viés da convergência. Afinal, os gêneros musicais não surgiram assim?
Essa onda revisionista da nova geração, que explora suas influências musicais e as confronta com as vertentes sonoras atuais (vide a arrebatadora Amy Winehouse) comprova que os sons dos novos tempos se estabelecerão pelo viés da convergência. Afinal, os gêneros musicais não surgiram assim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário