De pretensão o cinema está cheio. Por isso quando um filme se assume como despretensioso já é uma evolução e tanto. “Encontro explosivo”, novo filme de Tom Cruise, com Cameron Diaz, é bem assim: em nenhum momento se leva a sério. Aliás, até demais, ficando no limite entre o farsesco e a picaretagem. A trama é bobinha, bobinha... Mulher solitária é usada por agente para executar uma ação de níveis governamentais. Tudo é muito forçado e inverossímil, mas o elenco, assim como os espectadores, se diverte com as mais absurdas situações que o roteiro desenvolve (a frenética cena na arena dos toureiros é surreal). Talvez esse tom humorístico só seja salvo do ridículo pela direção descompromissada e, de certa forma, segura de James Mangold (dos ótimos “Jhonny e June” e “Os indomáveis”), que mantém fundamentado o limite que denotei acima. Tom Cruise ainda é maior que qualquer personagem que faça o que atrapalha para certo distanciamento na assimilação de seu personagem. Cameron Diaz, ainda muito subestimada pela Indústria, mas uma das mais versáteis e talentosas atrizes americanas, é só carisma em cenas que precisa dar credibilidade ao histriônico. Um filme para ver sem exigir muito e para esquecer sem culpa nenhuma...
Música: “Dancing with myself” (Billy Idol)
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