Eu, particularmente, gosto muito de thrillers, principalmente os que envolvem casos de tribunais e/ou com influências dos filmes policiais americanos da década de 70. Daí muito da minha simpatia pelo inacreditável “Código de conduta”, do diretor F. Gary Gray (dos eficientes“Uma saída de mestre” e “Be cool”). O filme acompanha um promotor público (JamieFox) que se vê perseguido por uma vítima do sistema judiciário (Gerard Butler), um homem revoltado por saber que o assassino de sua esposa e filha será solto pela Justiça. O roteiro até flerta com certa consistência no discurso, ao criticar as variáveis da justiça norte-americana (será que eles conhecem a nossa?), mas seu grande pecado é mesmo a inverossimilhança com que conduz toda a trama, com furos certeiros na história. As soluções absurdas enfraquecem a fluência da trama, mesmo que F. Gary Gray tenha relativo sucesso em imprimir um clima de tensão no jogo que se estabelece entre os protagonistas. O ator Gerard Butler se sai muito bem na psicopatia de seu personagem e a atriz Viola Davis (indicada ao Oscar de atriz coadjuvante no ano passado por “Dúvida”) toma para si cada cena em que aparece. “Código de conduta” é um filme que trai a sua própria premissa, em equívocos primários, mas também não posso deixar de dizer que, seguindo a cartilha de seu gênero, não tenha usado seu poder de sedução com espectador de forma eficiente.
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