Uma exposição de arte pode ter efeitos surpreendentes para um visitante. Parece papo de “Revista Bravo!” mas é verdade! Neste final de semana, fui assistir a exposição “Osgemeos I Vertigem”, dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, no CCBB, e cheguei a algumas conclusões interessantes. Sempre tive uma atração especial pela dualidade, decadência e redescoberta, que gravitam lugares como a Lapa, aqui no Rio e a região do Soho, em Nova York. Dualidade essa, que se transforma numa interessante multiplicidade de pessoas e coisas que estão por ali. E a exposição me fez elucidar esse meu fascínio.
Os irmãos, artisticamente conhecidos apenas por “Os gêmeos”, redefiniram o conceito de pintura em grafite, transformando em arte suprema, uma expressão relegada aos signos da marginalidade. Naturais da periferia de São Paulo, os rapazes construíram uma carreira promissora, levando seus trabalhos para países como Eua, Alemanha e Cuba. Inclusive, ano passado, eles deixaram sua marca na fachada do Tate Modern, em Londres, para a badalada exposição “Street Art.
Como foi escrito em um dos murais da exposição, a arte desses rapazes é sintetizada pela rajada de um jet de spray. Os desenhos, basicamente, possuem um gracejo de crítica social, mas sem a formalidade do discurso. As cores e o trabalho artesanal de seus quadros, imprimem o baú de referências que ditam a produção final dos dois. Há muita interatividade nas instalações presentes: é bem bacana uma casa, praticamente alegórica, onde se pode entrar, sentar, enfim, interagir. Há outras instalações interativas remetendo a sonoridade e o exercício do hedonismo (!).
Apesar de já conhecer o trabalho desses rapazes há algum tempo (e ser, assumidamente, fã), nunca havia visto uma exposição deles. Talvez por isso não tenha “linkado” que, se hoje jovens e artistas buscam o novo no velho, como vemos na ascensão dessas regiões que citei no início (e em outras, como a redescoberta da região central da França, pela nova geração) isso é resultado de uma incessante busca pela redefinição de velhos conceitos. Afinal, no terreiro de Madame Satã, hoje passeiam as patricinhas do Alto Leblon. E, através de uma “pichação” estilizada, Os Gêmeos se posicionaram como grandes nomes da renovação das artes plásticas do planeta.
Os irmãos, artisticamente conhecidos apenas por “Os gêmeos”, redefiniram o conceito de pintura em grafite, transformando em arte suprema, uma expressão relegada aos signos da marginalidade. Naturais da periferia de São Paulo, os rapazes construíram uma carreira promissora, levando seus trabalhos para países como Eua, Alemanha e Cuba. Inclusive, ano passado, eles deixaram sua marca na fachada do Tate Modern, em Londres, para a badalada exposição “Street Art.
Como foi escrito em um dos murais da exposição, a arte desses rapazes é sintetizada pela rajada de um jet de spray. Os desenhos, basicamente, possuem um gracejo de crítica social, mas sem a formalidade do discurso. As cores e o trabalho artesanal de seus quadros, imprimem o baú de referências que ditam a produção final dos dois. Há muita interatividade nas instalações presentes: é bem bacana uma casa, praticamente alegórica, onde se pode entrar, sentar, enfim, interagir. Há outras instalações interativas remetendo a sonoridade e o exercício do hedonismo (!).
Apesar de já conhecer o trabalho desses rapazes há algum tempo (e ser, assumidamente, fã), nunca havia visto uma exposição deles. Talvez por isso não tenha “linkado” que, se hoje jovens e artistas buscam o novo no velho, como vemos na ascensão dessas regiões que citei no início (e em outras, como a redescoberta da região central da França, pela nova geração) isso é resultado de uma incessante busca pela redefinição de velhos conceitos. Afinal, no terreiro de Madame Satã, hoje passeiam as patricinhas do Alto Leblon. E, através de uma “pichação” estilizada, Os Gêmeos se posicionaram como grandes nomes da renovação das artes plásticas do planeta.
Dica de música: "Valerie" (Amy Winehouse)
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