Como bom aspirante a jornalista, eu adoro listas. Seja para contestá-las ou para conhecer níveis de variações, as listas são sempre um bom termômetro (ultra questionável) de um cenário, no nosso caso, cultural. O hypado autor inglês Nick Hornby (de “Alta fidelidade”) já escreveu uns dois livros só sobre o tema (muito ligado a música), gerando grande repercussão. Tenho recebido alguns emails cobrando uma lista com os melhores filmes de 2009. É dificílimo chegar a uma conclusão final, fora que tiveram grandes filmes lançados ano passado que não consegui assistir, como o novo de Alan Resnais “Ervas daninhas”; os últimos ganhadores da Palma de Ouro “Entre os muros da escola” e “A fita branca”, respectivamente; o filme-sensação “Apenas o fim”, do promissor Matheus Souza e os vários documentários musicais que foram muito incensados por aqui. Isso sem contar a grande sensação sueca “Deixa ela entrar”. Por isso, não se trata de uma lista definitiva, mas um panorama daquilo que mais conseguiu me atrair durante todo o ano passado. Geralmente por conjugar bem a aritmética de emoção, inteligência e reflexão.
Obs.: A ordem dos 15 filmes é aleatória.
Obs.: A ordem dos 15 filmes é aleatória.

Depois de colocar uma lente de aumento no modo de vida americano, em “Beleza Americana”, o diretor inglês Sam Mendes investiga o abismo que pode existir entre duas pessoas que se amam. E um dos mais belos trailers já feitos, com canção de Nina Simone... Filmaço.

Um filme que discute as ramificações da ambigüidade conseguindo com que nós mesmos relativizemos nossos valores. Maravilhoso.

Cinebiografias acabam sempre caindo no clichê do didatismo histórico, só que Gus Van Sant não é um cineasta de filmes-clichê, e esse filme tem um alcance bem mais amplo do que podemos supor.

Uns odeiam, outros veneram. Eu o considero como uma evolução significativa aos filmes de heróis de HQs. É ousado, é amoral e um dos melhores do gênero.

É disparado o melhor filme sobre a desmitificação do conceito de família já feito nos EUA. Casa de ferreiro...

Matheus Nachtergaele, em sua estréia como diretor, mantém o alto nível de seu trabalho como ator, num filme que investiga as bases da fé entregando cenas tão belas quanto chocantes. Promete...

Com esse filme, Ron Howard não só provou que consegue fazer um filme decente, como verteu um fato político do passado em parábola do presente.

Não é um romance. Não é um drama. É um dos filmes mais cruéis que já foi feito. Do que trata? De relações humanas, sob a ótica da imperfeição.

A ambição de James Cameron era fazer literalmente um grande filme; e acabou conseguindo revolucionar a História do cinema. Mais uma vez.

É até um filme irregular, mas frente a obra do próprio autor. Frente aos demais, é, sem dúvida, uma das melhores experiências cinematográficas de 2009.

Melhor do que um eficiente blockbuster panfletário, o filme injeta sangue novo e criativo na atual seara Hollywoodiana.

A diretora Anna Muylaert provou que existem caminhos que o cinema brasileiro ainda precisa desbravar para se impor no cenário mundial. Um dos filmes mais inteligentes do nosso cinema.

O que Quentin Tarantino foi fazer em plena Segunda Guerra ??? Mostrar que seu liquidificador de referências, além de genial, é atemporal.

Está para nascer um filme de Michael Mann ruim... E neste, onde procurou tratar do “gênero gangster” com um misto de elegância e crueza, a excelência é mantida à regra.

Um dos grandes responsáveis pelo bom momento dos documentários musicais no país. Se bem que a inusitada história de vida de Simonal ajudou muito...
Dica de Música: "Fidelity" (Regina Spektor)
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