
Norah Jones é ainda mais radical nessa busca pelo novo, ainda que mantendo a velha base melódica de suas composições. Em “The fall” Norah rende-se a guitarra, instrumento conceitualmente distante de seu universo pop jazzístico. E suas composições apresentam-se bem mais solares que o “coração encharcado de vinho” de seus sucessos anteriores. Eu gosto bastante do trabalho dela (assim como Sade, tenho todos os CDs) mas admito que ouvindo seus três primeiros trabalhos deforma ininterrupta, soam quase como uniformes em seus esteios melódicos. “The fall” já foge desse alinhamento e dá uma interessante oxigenada no repertório da cantora. É nitidamente um CD mais “para cima”, mesmo reverenciando suas raízes do soul e do jazz novaiorquino. A canção “Chasing Pirates”, que puxa o novo trabalho, é quase um cartão de visitas dessa “nova Norah” e é mesmo muito boa dentro e fora desse contexto todo. Norah Jones e Sade, de trajetória e tempos diferentes, afunilam suas obras na confirmação de que evoluções são necessárias, mas só as consegue que tem realmente o que mostrar.

Dica de Música? elas!!! rs...

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